Reflexão sobre a velhice!

Cicero (Musei Capitolini, Rome)
Cicero (Musei Capitolini, Rome)

Marco Túlio Cícero (106 a.C.-43 a.C.), filósofo estoico, ensinou que devemos aceitar os desígnios da natureza. Se a velhice não é inevitável, pois a morte não respeita idade, as consequências do envelhecer são inexoráveis. Ele viveu o suficiente para refletir sobre o tema e nos legar ensinamentos. Na obra “Saber envelhecer”, ele afirma que “as melhores armas para a velhice são o conhecimento e a prática das virtudes” (p. 12).[1] Para ele, não devemos ter uma atitude pessimista diante do envelhecimento. Precisamos aprender a não nos importarmos com o incontrolável. Sem dúvida, a natureza é impiedosa: o passar dos anos nos deixa fisicamente mais frágeis, o corpo não reage mais como gostaríamos, impossibilita os prazeres da carne, as doenças tornam-se mais frequentes e a morte parece mais próxima. “O essencial é usar suas forças com parcimônia e adaptar seus esforços a seus próprios meios. Então não sentimos mais frustração nem fraqueza” (p. 29), aconselha Cícero.

Contudo, o filósofo é otimista. O segredo está em reconhecer o fato natural e saber reagir ao processo de envelhecimento. Ou seja, temos opções! A velhice com qualidade de vida depende das atitudes e escolhas que fazemos. Não obstante, tem as suas compensações: “Sem dúvida alguma, a irreflexão é própria da idade em flor, e a sabedoria, da maturidade”, afirma Cícero (p. 20). A sabedoria é, então, uma dádiva que alcançamos com o avançar da idade.

O elogio à idade madura talvez seja um autoelogio. Será que o passar dos anos nos torna necessariamente mais sábios? Quem pode garantir que sabedoria é sinônimo de ancião? Não será o jovem capaz de alcançar a sabedoria e não terá ele algo a ensinar ao mais velho? A tolice não respeita idade; a sensatez não é privilégio dos mais velhos; e a experiência adquirida com a idade pode se revelar inútil. O argumento de autoridade fundamentado nas rugas do tempo nem sempre é sábio e desconhece a dialética do aprender e ensinar mútuos. Mesmo o mais idoso tem algo a aprender com o mais jovem. Sabedoria livresca acumulada com os anos nem sempre é capaz de corresponder às exigências prática da vida. O saber prático de um jovem pode se revelar mais importante do que a sabedoria do douto.

Empenhar-se nos estudos e cultivar a inteligência é, segundo o filósofo, uma dádiva que a idade madura permite e, simultaneamente, uma forma de “não sentimos a aproximação sub-reptícia da velhice” (p. 33). Além disso, “nos poupa do que a adolescência tem de pior” (Id). Para ele, o “pior” é o instinto sexual. Em suas palavras: “Se a inteligência constitui a mais bela dádiva feita ao homem pela natureza – ou pelos deuses –, o instinto sexual é o seu pior inimigo” (p. 34). Sublimação?! Mais parece uma autodefesa do filósofo ancião! “Papo de velho”, ironiza o jovem.

Cícero louva a velhice, privilegia o espírito em detrimento do prazer proporcionado pelo “instinto sexual”. A “culpabilização” do prazer é mais antiga do que parece. “Se o bom senso e a sabedoria não são suficientes para nos manter afastados da devassidão, cumpre agradecer à velhice por nos livrar dessa deplorável paixão” (p. 35), afirma. Para ele, não há prazer maior do que o proporcionado pelo espírito. Aconselha: “aproveita cada dia de sua velhice para adquirir novos conhecimentos. Sim, nenhum prazer é superior ao do espírito” (p. 42) “Papo de intelectual depressivo”, diria o jovem irônico! Estudar, alimentar o espírito! Eis o que resta à velhice. Pra quê?! Por acaso, a sabedoria do erudito o livrará do final inexorável?

Filosofar sobre a velhice não nos liberta dos sofrimentos. Cícero nos ensina a aceitar o que não podemos controlar nem modificar e aprendermos a viver bem na idade avançada, nos limites que esta nos impõe. “A maneira mais bela de morrer é, com a inteligência intacta e os sentidos despertos, deixar a natureza desfazer lentamente o que ela fez”, sentencia o filósofo. Sorte dos que podem realizar estas palavras!


[1] CÍCERO, Marco Túlio. Saber envelhecer e A amizade. Porto Alegre: L&PM, 2007. Todas as citações são desta edição. Sugiro a leitura de Sobre a velhice, publicado em 24.11.2012.

8 comentários sobre “Reflexão sobre a velhice!

  1. “A sabedoria é, então, uma dádiva que alcançamos com o avançar da idade” Os jovens, pq são movidos mais por paixões [pathos] do que por razões, tendem fazer bobagens, escolhas erradas, e exacerbar nas ações, daí alguns morrem cedo. Alguns jovens formam grupos-pacto p/ manter seu modo de pensar “velho”. Triste ver um jovem DOGMÁTICO nas ideias e ações. TEMO, especialmente, jovens DOGMÁTICOS com ideias velhas em AÇÃO IMPULSIVA ou PERVERSA, sempre JUSTIFICADA em nome do BEM de TODOS. A História aponta este estilo em: Alcebíades, Nero, Napoleão, Hitler, Mussolini, Pot Pot, etc.

    Mas, por outro lado, também venho observando no dia a dia que a SABEDORIA não é alcançada simplesmente pelo avançar da idade [“sabedoria é sinônimo de ancião”, Ozai escreve]. Mas ELA pode ser decorrente da sucessão de hábitos, que viram VIRTUDE [conforme ensinava Aristóteles]. Ou seja, se dedica a ela, desde os 40 anos, aumenta a probabilidade de virar “éthos” de vida pessoa. Hoje, vejo tanto pessoas acima dos 50 vivendo [mas não ex-istindo], i.é, vivem na contramão da sabedoria. Ainda bem que tb existem “belos velhos” e “belas velhas” que não parecem ter 60, 70, 80 anos, pq além do vigor físico, não se deixam levar pela amargura, ressentimentos, e se deixar levar por doidices. Sugiro ler o livro “A bela velhice” de Mirian GOLDENBERG (Ed. Recorde, 2013). Para ser otimista com a velhice, eu o recomendo.

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  2. Todas as idades possuem seus prazeres e limites. Na velhice estamos propensos a usar a memória saudosa de uma época em que o corpo era jovem, num passado de glórias e sucessos de todos os planos. Nesta fase há rancor e mágoas pelo que foi realizado. E um desejo enorme de voltar no tempo aliando a experiência aos impulsos de eros. A impetuosidade e a cegueira que aposta no amanhã que somos quando as carnes vibram. As novidades do olhar dão junto com avassaladora alegria; certezas insanas docemente cegas da juventude. Um trecho da letra de Léo Jaime resume bem essa questão: Os velhos jogam dama na praça. Professores de tudo que é dor. Fingindo esconder a falta que faz. Viver um grande amor.

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  3. Com todas as características que Cicero relatou, continuamos a ser gente! E enquanto o nosso cérebro estiver no comando podemos usa-lo para nos distrairmos, aconselhar, etc. O problema esta na educação dos jovens para a velhice. O que esses pais e professores fizeram com os jovens? Antes os velhos ficavam em casa, agora vamos para a cidade (centro), shopping, etc. e eles passam por nos como tratores, não foram ensinados. O ser humano ainda não entendeu que devemos aprender tudo, até nao passarem feito trator pelas pessoas mais velhas. O problema é a educação familiar. Deve-se ter CURSOS DE FORMAÇÃO DE PAIS, em todas as escolas, igrejas, associações, empresas, etc. a partir dos 15 anos. Essa é a solução de tudo. Assim eles estarão capacitados para desenvolver bem os programas prontos em nosso cérebro e que nem sempre são aproveitados. Um abraço a todos!!!

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  4. Não sei aceitar, Ozaí. Aceitar é como a morte, é o fim. Hoje com tanto recurso para se ter mais saúde sentir-se jovem. Até pq ser jovem é uma atitude diante da vida. Não significa ser “aborrecente” , mas jovem feliz com a vida.

    abraços a sua e a minha idade que chegou aos quarenta.

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  5. Caro Professor, este mau habito de ler pelo avesso (uma variante de ler nas entrelinhas), me faz enxergar através das reflexoes desse grande filosofo e orador romano, cuja biografia desconheço, é que ele deve ter sido um adolescente da pa virada (como dizia minha avo). Essa de agradecer à velhice por nos afastar da “devassidao” so pode ocorrer a quem chafurdou na dita com toda a energia da juventude, e que tem agora a extrema lucidez de aproveitar também a sabedoria dos anos. Nada mau. E, alias, a frase final do filosofo é de uma grande beleza – obrigada.

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  6. Meu caro professor,
    Minhas desculpas antecipadas pelo comentário abaixo, longo, mas que exprime o sentimento deste sexagenário, conforme constata a reação das pessoas com relação aos idosos:

    A pequena peça onde está instalado o computador e alguns livros, eu a denominei de Oficina do Pensamento. Os meus pensamentos precisam ser consertados diariamente porque recebo informações novas, muitas pessoas pensam diferente de mim, algumas idéias são modificadas, pontos de vista são alterados, confrontações são feitas, conclusões são obtidas.
    Assim como se leva um carro à oficina para reparos e revisões, a nossa mente precisa ser verificada sistematicamente sob pena de apresentar defeitos graves no decorrer do tempo.
    Por exemplo:
    As idéias são atabalhoadas, surgem em altas velocidades e são instáveis, necessitando de amortecedores que as estabilizem; alguns pensamentos se chocam com outros e diagnostico falta de freios; quando não entendem o que eu quero realmente dizer, percebo que não sinalizei devidamente meus argumentos e os acidentes são inevitáveis; na defesa de minhas interpretações a respeito de temas mais polêmicos quando coloco a faca entre os dentes, constato que a correia dentada precisa ser substituída ou o motor sofrerá uma pane grave; muitas vezes eu me encontro no escuro, sem saber para onde vou, e noto a necessidade de instalar faróis mais potentes que me possibilitem enxergar melhor; a sede pelo saber, conhecer, descobrir é tanta que o radiador é insuficiente para atender a demanda do arrefecimento, precisando ser trocado por um maior, pois o motor está sempre fervendo; às vezes não me sinto confortável em discutir alguns assuntos ou porque são muito longos e requerem conhecimento de causa ou porque são enfadonhos ou porque não me interessam, mas como não podemos escolher a estrada e nem sempre ela tem uma pavimentação boa, devo procurar um estofador e melhorar o conforto dos assentos do veículo que transporta a minha imaginação; muitas vezes tanto idéias quanto pensamentos derrapam diante da falta de consistência, momento determinante para que os pneus sejam trocados ou não terei dirigibilidade em dias de chuva e o meu velho automóvel terá a sua trajetória alterada mesmo em pista seca quando eu precisar freá-lo. Enfim, esta oficina do pensamento carece também de um ferramental mais moderno, de um torno para eu ajustar algumas peças e retificar o conjunto de idéias e pensamentos que compõem a complexidade do funcionamento de um veículo, que também sofre a influência de outras concepções que devem ser obedecidas em formas de Leis, Estatutos, Regras, Códigos, Constituições, normalmente impedindo que se possa imprimir o ritmo que se gostaria sob pena de pesadas multas e quando não se sofre também o cerceamento da liberdade ao se pensar e exprimir idéias que não estejam em sincronia com aquelas que movem alguns poderes, significando que se deve abrir a caixa de câmbio do carro e trocar seus sincronizados, pois as mudanças de marchas “arranham” e, assim, prejudicam o conjunto de engrenagens desta peça tão delicada. Nem sempre conseguimos mover o carro de forma suave: quando ele sai trepidando ou numa subida ao movimentá-lo esta trepidação é maior, a embreagem precisa ser substituída, exatamente como são nossos conhecimentos superficiais que são sacudidos quando nos defrontamos com a amplitude de fatores que verdadeiramente elaboram conceitos, concepções, filosofias e até mesmo invenções como a de um automóvel.
    Os veículos modernos possuem pequenos computadores que fornecem as informações essenciais aos sistemas de injeção, freios, caixa, tração e estabilidade. Estamos sujeitos a alterar nossos comportamentos – diferentemente de um carro que é corrigido pelas informações emitidas por uma central – diante de grandes quantidades de imagens e sons e notícias recebidas. Não temos em nossos organismos um cérebro que possa se comparar a um microcomputador e assimile o que é útil, proveitoso, adequado e necessário, mas uma caixa de ressonância que muito bem pode expelir o correto e guardar o que não presta, pois fazemos parte de uma frota de carros e, se não andarmos em conjunto, um atrás do outro, perdemos muitas vezes a companhia do automóvel que, junto com o nosso, possibilita que não andemos sozinhos, não estacionemos isolados, não fiquemos sem ajuda quando se precisa. Claro, devemos pagar pedágio, e muitas vezes o preço é alto demais para se usufruir da companhia que queremos ou para que pintemos o nosso veículo com as cores berrantes do momento ou neles instalamos poderosos aparelhos que emitem em alto volume nossas músicas de gosto nem sempre apurado, uma espécie de motor com folga nos casquilhos da biela e que faz um ruído nada agradável.
    O grande segredo está em ajustar este carro e fazê-lo trafegar bem em quaisquer circunstâncias, da mesma forma que devemos concatenar as nossas idéias e pensamentos de modo a sincronizá-los com o comportamento, com nossas atitudes, exatamente como o desempenho deste veículo.
    Mas eu tenho uma oficina que é um simples galpão no fundo da minha casa, sem as devidas instalações e macaco hidráulico. Ela carece de ferramentas atualizadas e aparelhos eletrônicos que fazem ajustes nos motores. Eu conheço carros com carburador, platinado, lonas de freios, caixa seca, estribos laterais; meus pensamentos e idéias, conhecimentos e informações não registram que existem automóveis com tamanho avanço tecnológico, automatismos, seguranças ativa e passiva, airbags, sidebags, freios ABS, controle de tração, controle de derrapagens, centralinas, barras estabilizadoras, amortecedores a gás, direções elétricas, que podem usar vários combustíveis ao mesmo tempo. Eu penso de acordo com o que me foi alcançado no passado; meus conhecimentos são empíricos; minha adaptação mental foi forjada através das dificuldades; meu intelecto apenas indica o que é útil e inútil; minha cultura apenas responde perguntas que os jornais publicam ou o que dizem os manuais de instruções; idéias e pensamentos são mecânicos e desconhecem sistemas tiptronic e eletrônicos; minha velocidade de raciocínio é limitada, aumentando somente em descidas e em ponto morto, aumentando igualmente os riscos de acidente, no caso, não saber o que se está dizendo, pois as idéias são mais rápidas que as palavras e confundir-se numa hora dessas é algo inevitável, assim como erramos um endereço e temos de manobrar em busca do caminho certo.
    A mente é povoada por velhos demônios, da mesma forma que os defeitos de fabricação, mas, por ter passado o tempo, o direito ao recall prescreveu, e se deve conviver com esses fantasmas antigos e teimosos.
    Desta forma, a intolerância convive com idéias e pensamentos naturalmente, como um carro que se sabe de suas limitações e, mesmo assim, chutamos os pneus, batemos no painel, fechamos as portas com violência, passamos a negligenciá-lo.
    Sou um caminhão velho, antigo, que ainda suporta conduzir o seu peso, que é lento e pesado nas estradas da vida, e muitas vezes atrapalha o fluxo de veículos mais leves e rápidos, mais modernos, mais completos, mais seguros e conduzidos por motoristas que aprenderam o uso de tecnologias sofisticadas e a quantidade de eletrônica embarcada à disposição. Meus pensamentos e idéias são parecidos.
    Eu somente fico admirando vê-los passar enquanto seguro a palanca do câmbio de modo a não escapar a marcha e vou bombando o pedal do freio várias vezes para segurá-lo simultaneamente ao braço para fora e sinalizar que vou entrar à esquerda ou à direita conforme os caminhos se mostram, e rezando para uma divindade de plantão que impeça qualquer blasfêmia ou praga eu proferir se o meu transporte enguiçar no meio da estrada, na exata medida que estou constatando interpretar a minha existência da forma como se ela fosse um propulsor, ou seria um mero motor estacionário?
    Na verdade estou viajando em velocidade maior que esta lata velha suporta, e minhas indagações, incompreensões, teimosias, devem-se à realidade que está determinando que a estrada que o caminhão está percorrendo vai em direção a um ferro-velho, o depósito de sucatas, de veículos velhos e acidentados que não funcionam mais.
    Semelhante a nossa mente quando já não assimila a enorme complexidade de sentimentos, emoções, sensações que a vida possibilita através do ensino, aprendizagem, do trabalho, e se torna refratária às tentativas de atualização e modernização porque sua faixa etária dificulta esta compreensão e entendimento.
    Ninguém de sã consciência reforma um carro velho, carcomido pela ferrugem, motor que não suporta mais retífica, suspensão arriada, molas fracas, bancos rasgados, painel sem os mostradores, portas sem travas, rodas tortas e a parte elétrica em pane constantemente.
    Pois eu sou assim: um caminhão caindo aos pedaços e se dirigindo para o ferro-velho; ultrapassado, cansado, alquebrado pelo tempo, um mero transportador do próprio corpo pesado, feio e inútil.

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  7. Bom dia Ozaí!

    Que texto pertinente ao meu momento! Maravilhosa reflexão!

    Acredito que privilegiados são aqueles que podem se considerar idosos. Ainda mais privilegiados, são aqueles que tiveram a oportunidade de estar com um deles e compartilhar de sua sabedoria e humildade ao entender que, o que o outro procura e que a experiência vivida ainda não o possibilitou pode ser oportunizada entre ambos com suavidade. A vinda do Papa Francisco ao Brasil me fez pensar muito sobre estas questões, quando o Santíssimo falou a um jornalista sobre o trabalho que o Brasil faz com a juventude. O papa reconheceu os esforços, os desafios e elogiou o trabalho com crianças e jovens, mas fez um pedido, que não deixássemos os idosos a margem das preocupações e das políticas. Porque sem os idosos, sem sua sabedoria construída e sólida, sem seus ensinamentos e experiências…de que forma nossas crianças e jovens poderiam alcançar tal plenitude? Deste dia em diante passei melhor a pensar sobre o que realmente pensamos sobre os idosos?! Até que ponto conseguimos compreender que sem a velhice nada seríamos, e nada teríamos?! E como se dariam as trocas, interações e interlocuções entre crianças, jovens e idosos. Coisas a se pensar…!
    Um excelente dia!

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  8. O químico Antoine Lavoisier com sua teoria “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” contribui para pensarmos no processo cotidiano do envelhecimento … os mistérios da metamorfose humana ….

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