O que é o senso comum? Por que nós, os intelectuais, geralmente somos tão reticentes a tudo que consideramos “senso comum”: a cultura popular e de massa, a religiosidade, linguagem não-formal, etc.? Há até mesmo os que têm dificuldades em se relacionar com as pessoas comuns, isto é, os simples mortais que não frequentam os bancos universitários ou mesmo acadêmicos, tão influenciados pela indústria cultural, que não conseguem ver além dos próprios narizes e… umbigos. Suas conversas sobre o cotidiano, o corriqueiro, quase que crônicas da vida, até irritam alguns entre nós. E muitos se exasperam quando leem o que seus alunos escrevem e notam que eles não conseguem analisar e avançar pelo menos um passo para além do senso comum. Outras vezes, o nosso intelectualismo nos torna chatos e incapazes de dialogar minimamente com os comuns dos mortais sobre as coisas mais simples da vida – em geral, temas que consideramos supérfluos, perda de tempo… A resistência ao que consideramos senso comum, portanto, conhecimento não-científico, desqualificado, é tão forte no meio acadêmico que até mesmo os estudantes tem a expectativa do “discurso professoral”. A medida da inteligência passa a ser a ininteligibilidade. Quanto menos você se faz entender, mas inteligente parece ser!
Pequena observação :
Vamos distinguir ,
linguagem ,
de
conteúdo!
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Ok. Obrigado pela distinção. Abs
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E o pior é que, aos olhos ingênuos, o preciosismo vocabular, independente de fazer sentido, atribui legitimidade à fala, ao contrário do discurso claro da fala simples.
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Bom dia. Sim, obrigado por ler e comentar. Ótimo domingo e semana
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Como você bem diz, Professor: Quanto menos você se faz entender, mas inteligente parece ser!” O mundo universitario tem seu jargao, o que nao quer dizer que entenda as nuances da lingua geral.
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Boa tarde.
Obrigado por ler e comentar.
Abraços e ótimo final de semana
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